segunda-feira, 25 de outubro de 2010

modéstia à parte

fazer o bem
sem ver a quem
fazer o bem
sem ver aquém
sem ver além
fazer o bem
sem ver

domingo, 10 de outubro de 2010

wishlist

uma agenda e uma caneta para anotar os compromissos, um isqueiro pra poder queimá-los e um relógio só pa cronometrar a façanha...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Morungaba: janela para o mundo?

veja bem! não não: veja melhor! a foto... tá muito escura? ah "esse anelo de ver desvanecida a treva espessa que entre os raios de sol inda se filtra"... mas, veja, trata-se de uma foto temática. quando do aniversário da cidade, promoveu-se um concurso de fotografia e o tema não havia de ser outro senão "Morungaba sob o olhar do morungabense", ou palavras assim. daí que o blôgbo aqui - blêgbado não hein - eu então fui à casa do meu avô e saquei essa imagem do bolso da paisagem. é, se essa metáfora agora é descabida, àquele pictórico momento ciciei de mim para mim: "nossa, mano! [a foto é] a metáfora perfeita do torrão!" e metáforas são assim mesmo.
primeiro, veja, pelo que vem de primeiro plano: muito verde - e meu avô é palmeirense, cara, daqueles palestrinos, dos que já não nascem mais, nem na estância climática nem nenhures; e meu avô tem os olhos garços, ainda que de dentro de um olhar maduro, e o olhar da foto é dele, pois o quintal é dele, e o nome inscrito no concurso, claro, foi o dele. eu, repito, apenas saquei a imagem - sacal? sacana? sacador? eu saquei a imagem, confesso.
depois porque, veja, há muitas coisas brutas que, por ironia ou azedume, grassam em meio a doçuras - as mexericas estão evidentes, mas também tem jaboticabas e, estas, da cor dos olhos daquela menina bonita, quem as vê?
last but not least, porque justamente porque há pouca luz. quer dizer, veja, ainda resta uma frestinha, mas à margem. de modo, enfim, que ficamos num limbo, onde janelas não são janelas, ou são vitrôs ou não estão mais à parede; e onde os dias tornam-se tardes e as sombras não tardam a obnubilar.
é, eu sabia que meu avô não ia ganhar o concurso...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

um "q" de conversa


o Pouca Sombra, em busca de luz, abordou o Passo Longo, sempre muito peripateticável:

Pouca Sombra, nimiamente indiscreto, espalmando a questão — Cara, qual é seu caráter?
Passo Longo, prontamente solícito, apontando o peito e logo o infinito — Comigo?! Sou é careta.
Pouca Sombra, desafiativo — Caralho!
Passo Longo, acelerando definitivo — Companheiro, cumpre casar capricho, quimera, conceito!
Pouca Sombra, fazendo pouco — Calma! Cuidado! Coragem, conquanto cure complexos, causa complicação...
Passo Longo, já no papo reto — Claro! Quer cachaça? "Cognac"?
Pouca Sombra, por educação — Quisera... Contudo, meu caro, o cacife...
Passo Longo, adversor — Consumiu com química?!
Pouca Sombra, resignado — Contumacíssimo! Café, coca&cola: calculo quinhentos e quinze quilos.
Passo Longo, esgarado — Curiosidade, concupiscência... Compreendo. E o coroa?
Pouca Sombra, baixando a vista — Coitado. O careca costumava queixar-se. Quedou calado.
Passo Longo, positivoComo convém... Concorda?
Pouca Sombra, não negando — Cada contundente querela...
Passo Longo, assentindo tergiversante Compadeço-me... Que calor!
Pouca Sombra, nem ouvindo Constrangedor...
Passo Longo, ligeiro desbaratirador Curte cartas?
Pouca Sombra, num tropeço Quem?
Passo Longo, figurativo — "Kings", "Queens"...?
Pouca Sombra, maliciando zombeteiro — Queens!? Conheço... Quantas? Quaquaquá...
Passo Longo, dobrando a esquina e o assunto, ao insinuoso rumo da zona, era óbvio — Creio caber consultá-las, as queridinhas... Quase caminho às cartomantes, quiromantes e quetais...
Pouco Passo, em resposta à piscadela — Compraz-me a cabrocha: calcinha, quentumes, carinhos... e despedindo-se amistoso — Qualquer coisa, 40141006.
Longa Sombra, entardecido, de distante, a um só grito — CORINTHIANS!!!

e assim rapidamente se perfez uma bela amizade...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

retrato 3 x 4

de quando em vez
um revés
dou de burguês
de viés
tombo uma, três
tombo dez


sexta-feira, 23 de julho de 2010

políticas de ação afirmativa e imaginária


à sanção do Estatuto da Igualdade Racial talvez se siga o anúncio da construção do tão esperado estádio corintiano. daí q Andrés Sánches e Lula da Silva, assim como a sede e a vontade de beber, compuseram-me então a pensar num paralelo q asseguresse um mínimo de trabalho e dignidade à nação corintiana - e, no caso, exclusivamente a ela! isso memo: uma vez aprovado o projeto do nosso Fielzão, sua execução, em parte provavelmente às expensas do poder público, ficaria a cargo só e tão somente do bando de loucos. não q seja pra esculachar de vez o art. 5° da Carta Magna, q reza q "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...", mas q se atente para as brechas por onde pode se esvair a coerência do nosso arcabouço legal. vejamos. q uma lactante seja diferente de um adolescente, q seja diferente de um idoso, q seja diferente de uma pessoa capacitometricamente especial, e sejam esses todos diferentemente tratados em certas ocasiões, vá lá, entende-se q seja natural a natureza da distinção. mas qd a natureza, não a conceitual, mas a empedernida, qd ela enfim, mais q pensar a si msma, passa a pensar tb em seus apaniguados e seus correligionários, em mumunhas e barganhas, parece-me q a ideologia em q se investe passa a travestir juridicamente o germe do aparelhamento e da patrulha estatais. em sendo assim, ideologia por ideologia, "nóis é nóis" né, preferimos ficar com a nossa própria, agradecidos. afinal, não seria a população corintiana, por ora calculam q 13% da brasileira, uma legítima raça ("uh raça...") distinta ainda em maior medida q a "população negra" (art. 1º, IV do EIR) o seria? com o tempo e o censo, uma pessoa branca e corintiana pode se descobrir negra, por exemplo, mas jamais virará palmeirense, e vice-versa, esse tipo de diferença sendo sim insuperável. tão louvado no imaginário cultural, mas tão marginalizado na ciranda financeira, o cara q se diz corintiano, preto e branco, fiel e veraz, teria agora alguma oportunidade de imaginar uma política de ação afirmativa q, ao menos "durante o processo de formação social do País" (art. 4º, par. ún. do EIR, sic), inspire-lhe um suor mais suave q as correrias e as manias cujas broncas, na criminogênese da pobreza, acabam sempre lhe sobrecaindo. hj a lei é federal, amanhã será um precedente - a lógica já era. já a logísitca q vige, sempre bem a notava o Noel e seu time de bambas, Zé Pretinho e Germano Augusto nas alas: "quem faz seus versos/ E no morro faz visagem/ Leva sempre desvantagem/ Dorme sempre no distrito/ Entretanto quem é rico/ E faz samba na avenida/ Quando abusa da bebida/ Todo mundo acha bonito" (54'54'' em diante).

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pais & Filhos adolescidos & desadocicados

uns à busca, outros andarilhos
latentes dormentes e trilhos
quanto mais se ofuscam, mais brilhos
urgentes utentes ou "sensillos"
patentes carentes, maltrapilhos

terça-feira, 13 de julho de 2010

campanhas



de repente, Eco & Reco-reco faziam juntos (ou quase) o fundo musical. ah, vc acha q eu num me lembro? vc não imagina é o calor da fogueira. é.. aquilo deixaria qq heregizinha corada ainda q abstêmia. e Escorpião então.'....: sobrecintilante! acima de ♥♥, de ♣♣, de ♠♠ e de ♦♦, liderava disparado a concorrida rodada intergaláctica - quem passeava o infinito mais rápido? q astro atificiava melhor?? para além das probabilidades da madrugada fria, entretanto, não era afinal a força gravitacional q movia aqueles humanos manos; tampouco eram os fogos do céu e da terra q traziam carminas as minas. não, não era, nem o dinheiro, nem o marxismo, nem o narcisismo... era sim, simples, uma campanha, nada obstante, aliás bastante liberal, metaludopédica: todos lá constelados traziam consigo uma carta de baralho!!! "— vâmo pro jôgo.. q trabalhá é rôbo!", chegou falastrão o Zenão, habitué do rolê, atrasado porém todo naipado, rei senhor, ouros, e, nessa, logo foi se conectando à dama primeira, tímida, fechada em copas. mas, msm com 58,1% de chance de ser feliz naquela mão, o "par" se envolveu numa jogada erótica errada e logo foi se embaralhar à meia centena dos outros corajosos q se lançavam democráticos à nobre sorte. ciente, sempre, do risco de se queimar, um reles djahbo drummondiano bem q queria entrar praquilo q romântico julgava uma quadrilha caipira. veio sorridente, munido de coringa e td, mas, ironia, foi barrado por Jorge o joker, um santo sujeito q, nas folgas, de preza policiava os bons costumes:
"— paciência, campeão, mas nossa campanha agora exige ficha-limpa.. nóis apenas cumpre ordens.
— tá tirano?! mas e os meus direitos, os fundamentais, os raciais? é um absurdo! e a revolução francesa? lei ora lei... acaso é Napoleão q te paga o soldo? pqp, viu.. Graciliano Ramos tinha razão: todo patrão é fdp! não está em jogo apenas a minha situação, mas princípios caros em um estado que se tenha como estado de direito. blaublaublau, très blau...".
enfim, louco tremendo, o licencioso rebelde por fim parou de sofisticar qd deliberou por bem se debandar. ia urgente fazer um córre, atrás de um advogado, sua última cartada era a Justiça. não passando da esquina, delirante, aprouve-se com um astrólogo q lhe esticou uma carreira da pura poeira cósmica. " — mutatis mutandis, caro cliente, será seu mandado de segurança:
......................................................................................................."
e pá! se pá foi dormir na paz (ou quase); se pá partiu pro jazz. insone, confesso, em vdd estava sonhando, pobreprosaicoprazeroso. acordou e foi direto pra balada, já era hora. vc acretida? ah, não duvide: nascido em junho, chamava-se João! é... e quer saber? viva o João! é João para presidente! senão.. senão vai o Zenão, vai o Jorge, vai o ás de espadas! conqt não acabe a brincadeira né
.......................................................................................................
bom.. mostra sua carta! aí ó! é vc quem vai... ...passando o pano! haha, tou brincando, mano, tou trincando, haha! esquece. curte o som.. ohm

segunda-feira, 12 de julho de 2010

DJAHFANA

entretecida em branco, a mirífica enternecia a mulher q a entreexibia e o homem q a entreolhava. vestida sob um vestido preto, a calcinha da morena cereja talvez doce fosse, feito marshmallow; talvez os sentidos todos afanasse, yellow. através dela, decerto q um mistério ainda se pespega. se se desvelava ali a mulher não suspeitava, mas o homem, com o tempo, todo porém, encantou-se, irrevogável: "divina▼ ah Leila...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

carregadores da mudança


era uma vez um conto, por sinal excelente, q, por sinalizador, tanto, dos tempos, das crises, das mudanças enfim, até poderia contá-lo agora, mas deixo ao próprio carregador de livros essa suave tarefa. como ajudante dele, apenas advirto: os livros não só fortalecem, dão músculos! ora pois...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

sábado, 26 de junho de 2010

continuando


diria o enxadrista Rafaelinlóv, o olímpico craqk da camisa xadrez: "- vai mais uma partida aí?"

sexta-feira, 25 de junho de 2010

aos goleiros.. do jogo



à caça de assunto, inevitável partir de uma partida - no caso de copa, partida de futebol, teleitor malicioso, não tem nada a ver com seu shorts, cara leitora. pra romper as barreiras do silêncio, note-se a própria barreira, a performada por parte do esquete, ao comando do keeper, a uns 9m15cm da bola, qd da cobrança de falta... pois bem: por q não formá-la re-patartida? exemplo: ||| || ou || | ||! é... o outro time poderia preencher os vazios, tapando, de qq forma, a visão dos goleiros. mas não poderia haver uma jogada ensaiada defensiva? na hora da cobrança a barreira se abriria! uhm... porém, pula-se a pelota e pronto: desarme dessa jogada, reposicionamento geral.. talvez o futebol ainda seja mais dinâmico; talvez se enxadrize: matou, deu um xeque-foward, en passant pra dentro eeeeeeeeeee o gol! gooooooooooooooooooool

sexta-feira, 18 de junho de 2010

    Nenhum dos leitores está na área no momento
    leitores online
    Tweetar